Pessoas com deficiências cognitivas enfrentam barreiras que muitas vezes nem devem ter passado pela sua cabeça. E esse tipo de limitação pode fazer com que essas pessoas se sintam de fora do mundo.

Estamos em plena Era da Informação, em uma conexão constante entre as pessoas e empresas. Na palma da mão, uma máquina poderosíssima é capaz de nos proporcionar recursos e experiências incríveis. Mas você já parou para pensar que nem todo mundo tem a mesma experiência?

Imagine uma corrida de 100 metros rasos. Só que algumas pessoas têm a pista livre e outras vão fazer a corrida com barreiras, precisando saltar, desviar ou até mesmo se abaixar. Essa é a realidade diária de quem possui déficit cognitivo

Na internet então, a situação prevalece. Preocupar-se com a acessibilidade web acaba sendo um grande diferencial de uma empresa, quando na verdade é apenas o direito do cidadão Mas existem soluções, como o Widget de Acessibilidade da UserWay, que pensam de forma agregadora realmente inclusiva para pessoas na sociedade. 

Por isso, continue lendo para se aprofundar no que são deficiências cognitivas, as principais barreiras na web e como tornar o ambiente digital inclusivo para todos. Vamos lá?

O que são deficiências cognitivas?

A deficiência cognitiva, neuronal ou de aprendizagem (DCNAs) é uma condição que faz com que uma pessoa tenha dificuldade de exercer alguma atividade funcional ou intelectual. Entre elas estão incluídas dificuldades de:

  • Memorização
  • Raciocínio
  • Déficit de atenção
  • Aprendizagem
  • Compreensão de linguagem (falada, escrita ou não verbal)
  • Matemática
  • Visual
  • Entre outras

Mas para além de definir o que é deficiência cognitiva, é preciso entender que existem diversos tipos e que cada um possui a sua particularidade quando se fala em acessibilidade web. E isso vai afetar diretamente na forma que o design de um site e plugins forem construídos. 

Principais tipos de deficiência cognitiva

Nesse amplo espectro de DCNAs, existem cinco principais e que muitas vezes enfrentam dificuldades ao acessar um site ou aplicativo:

1. Transtornos do Espectro do Autismo (TEA)

Pessoas com TEA não possuem apenas limitações de socialização. Muitos também possuem dificuldade em memorização, concentração e atenção. As principais barreiras enfrentadas ao consumir um conteúdo digital são:

  • Falta de padronização e consistência
  • Ausência de hierarquização de informações de forma lógica
  • Não ter um resumo em documentos extensos
  • Excesso de animações ou elementos piscantes e em movimento
  • Fontes com serifa
  • Uso excessivo do itálico
  • Vídeos que começam imediatamente e que não são possíveis de serem pausados. 

Isso faz com que o autista enfrente dificuldade ao acessar sites mal elaborados. A falta de usabilidade pode causar estresse e ansiedade nessas pessoas, sendo um limitante à acessibilidade na web. 

2. Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)

Quem tem TDAH possui uma dificuldade de atenção e foco maior do que outras pessoas sem essa condição. Isso por se sentirem estimuladas por várias informações ao mesmo tempo, muitas vezes não conseguindo se concentrar em apenas uma delas, se perdendo rapidamente. 

Essa característica do TDAH representa também barreiras em sites e aplicativos que não estão preparados para estes usuários. Imagens com muito brilho ou luminosidade, efeitos de movimento do cursor do mouse e pop-ups são vilões da navegabilidade para essas pessoas. 

3. Dislexia

É uma deficiência cognitiva que dificulta a leitura e a linguagem. Como qualquer deficiência, pessoas com essa condição precisam de atenção especial para conseguirem serem plenamente incluídas na sociedade. 

Quando se fala em acessibilidade web, os principais entraves que essas pessoas enfrentam são:

  • Fontes com serifa ou decoradas
  • Parágrafos longos
  • Alinhamento de texto justificado
  • e até mesmo falta de compatibilidade com leitores de tela

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Acessibilidade cognitiva na web

O Brasil ainda enfrenta um desafio grande quando se fala em acessibilidade digital e em barreiras web de caráter cognitivo e intelectual. Apesar de ter uma das leis mais completas sobre o assunto, a implementação está andando a passos lentos.

Com menos de 1% dos sites considerados adequados às normas de acessibilidade, o ambiente virtual por vezes não é amigável com quem possui algum tipo de  deficiência. 

Em relação às cognitivas, o cenário pode ser um pouco mais preocupante. Mas, existem soluções que vieram para revolucionar esse cenário e transformar a internet em um ambiente para todos – mas para todos mesmo!

UserWay – revolucionando a acessibilidade na web

A UserWay possui uma gama de soluções que são idealizadas para cada tipo de  deficiência e com fácil implementação. Utilizando a IA para potencializar a ferramenta, o Widget de Acessibilidade User Way tem no seu princípio e implementação a inclusão de pessoas com deficiências cognitivas, oferecendo opções como:

  • pausar animações
  • alinhar texto à direita
  • tamanho de cursor
  • leitura de página
  • espaçamento de texto
  • entre outros

Além disso, também propõe o uso do aplicativo de acordo com o perfil de acessibilidade da pessoa, incluindo deficiências cognitivas como TDAH, dislexia, cognitivo e aprendizagem.

Isso é feito com acompanhamento de perto de pessoas que possuem essas deficiências, a fim de encontrar e preencher lacunas importantes para uma compreensão total do site. Tudo para oferecer uma experiência completa a todos na internet, sem distinção. 

Por que investir em inclusão digital de pessoas com déficit cognitivo?

Mas você deve estar aí se perguntando: porque uma empresa precisa investir na acessibilidade de pessoas com déficit cognitivo? Existem vários motivos, mas veja só esses 3 que merecem sua atenção:

1. É Lei

A Lei Brasileira de inclusão (LBI) estabelece a obrigatoriedade de um site ser acessível para todos os usuários, inclusive estabelecendo punições para quem não cumprir. 

2. Melhor ranqueamento em resultados de busca

Provavelmente existem dezenas, centenas ou milhares de empresas que oferecem o mesmo serviço que você na internet. Então é extremamente interessante que sua página seja encontrada pelo seu cliente.

A experiência do usuário (UX) é um dos fatores determinantes para um bom ranqueamento nos motores de busca. Se as estatísticas do seu site falam que seu usuário está tendo uma boa experiência ali, os algoritmos de busca vão te recompensar. 

Então vale a pena investir em acessibilidade na sua página e proporcionar a todos essa boa experiência. Pense só. Se um usuário com deficiência entra em sua página e não consegue navegar livremente por ela, ele vai deixar a sua página para procurar outra que o atenda. 

Aí você perde um cliente em potencial e colocação nos motores de busca. 

3. É o correto

Por último, mas não menos importante, fazer parte dessa revolução onde o ambiente digital está preparado para receber todo e qualquer usuário é o certo a ser feito. 

Um a cada quatro brasileiros possuem algum tipo de deficiência. É um público enorme e que precisa de necessidades especiais para conseguir transitar pela internet e ler documentos com tranquilidade. 

Por isso, pensar no design do seu site, aplicativo ou formato dos documentos é exercer cidadania. Pessoas com deficiências cognitivas estão na internet, então prepare-se para recebê-las da forma que merecem. 

FAQ

Quais são as principais soluções para auxiliar pessoas com deficiência na web?

Além de leitores de tela, teclados adaptados, também existem soluções que transformam um site em acessível para pessoas com deficiência. 

A UserWay é um grande exemplo de empresa que proporciona soluções de acessibilidade web, seguindo rigorosamente as leis e diretrizes de acessibilidade nacionais e internacionais.

Quais os tipos de acessibilidade digitais?

Os tipos de acessibilidade digital são definidos pela WCAG 2.2 (Web Content Accessibility Guidelines (Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web). Esse guia estabelece um padrão a ser usado no mundo todo em acessibilidade e define 4 principais tipos de acessibilidade

  • Perceptível – todas as partes e elementos do site devem ser perceptíveis aos sentidos. Isso significa que nada pode estar invisível ao usuário, ou irá atrapalhar a navegabilidade de pessoas com deficiência. 
  • Operável – o site deve ser pensado para ser operado de diferentes formas (comando de voz, rolando a página, touch, teclado, etc).
  • Compreensível – as informações do site devem ser hierarquizadas e bem estruturadas para facilitar a compreensão de todos os usuários.
  • Robusto – deve ser compatível com dispositivos assistivos, para além do teclado.

Como a web pode receber pessoas com algum tipo de deficiência?

A web pode se preparar para receber pessoas com deficiência seguindo a LBI e as diretrizes do WCAG 2.2. Ao criar um site, o desenvolvedor pode pensar em incluir textos alternativos, contrastes altos de cor, não alinhar textos de forma justificada, entre outros. 

Como a tecnologia pode ajudar as pessoas com deficiência?

Atualmente, o ambiente digital é local de trabalho, socialização e entretenimento. É uma extensão da vida em sociedade, de forma ampliada e intensificada. Com a tecnologia e recursos de acessibilidade web, pessoas com deficiência são incluídas de forma íntegra.