Pessoas com deficiências visuais possuem necessidades específicas para ter uma vivência plena na sociedade. Em um mundo cada vez mais digital, são diversas as ferramentas e tecnologias criadas para atender esse público e democratizar o acesso ao ambiente virtual.
No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) mais recente, divulgada em 2019, apontam mais de 17 milhões de pessoas com deficiência visual. Desse total, cerca de 8,5 milhões (24,8%) são pessoas idosas. Um número expressivo e que deve ser considerado quando se fala em inclusão para deficientes visuais
Uma deficiência visual pode impossibilitar as pessoas de terem uma vida como qualquer outro cidadão quando não há políticas públicas ou tecnologias disponíveis. Neste artigo, você vai conhecer 10 soluções de acessibilidade digital que podem facilitar a rotina de milhões de brasileiros. Confira!
O que é deficiência visual?
A deficiência visual é quando uma pessoa tem perda total ou parcial da visão. Essa condição pode ser congênita ou adquirida. A capacidade que uma pessoa tem de enxergar os detalhes, as formas, as cores e a precisão definem a cidade visual, isso quer dizer o tipo de deficiência visual que uma pessoa tem.
Como é definido o grau de deficiência visual?
Existem vários exames que podem definir o grau de acuidade ou deficiência visual. Uma delas, usada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é a tabela Snellen. Trata-se de um diagrama de letras com 11 linhas, que avaliam o que o paciente consegue enxergar. A cada linha, o tamanho das letras diminui e é possível perceber o grau de acuidade visual do paciente.
E são vários os tipos de deficiência visual, como pode ver a seguir.
Tipos de deficiências visuais
Os tipos de deficiência são divididos por níveis de acuidades e que variam de acordo com cada pessoa:
- Cegueira: quando a deficiência visual é causada pela perda total da visão ou quando a capacidade de enxergar é muito reduzida e faz com que a pessoa precise de recursos como o Sistema Braille para ler, por exemplo.
- Baixa visão ou visão subnormal: é o comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo quando há algum tipo de tratamento ou correção. Pessoas com esse tipo de deficiência visual conseguem ler textos impressos com letras grandes ou com apoio de recursos óticos especiais.
O déficit visual prejudica a experiência de vida de qualquer pessoa. No entanto, por maior que possa ser uma dificuldade visual, é possível contar com recursos que auxiliem as pessoas com deficiência a ter uma vida com mais independência.
São as chamadas Tecnologias Assistivas.
O que são tecnologias assistivas?
A Lei Brasileira de Inclusão define como tecnologias assistivas toda inovação voltada a promover autonomia, independência e qualidade de vida a pessoas com deficiência, como:
- produtos
- equipamentos
- dispositivos
- metodologias
- recursos
- estratégias
- ou até práticas e serviços
A seguir, veja 10 tecnologias assistivas que promovem acessibilidade digital para deficientes visuais.
9 tecnologias de acessibilidade para pessoas com deficiências visuais
1. Leitor de tela para pessoas que não podem ver
O leitor de tela é um recurso de acessibilidade para cegos, disponível em todos os modelos de smartphone mais atuais, independentemente do sistema operacional. Essa tecnologia ajuda os usuários com deficiência visual lendo as informações presentes nos textos dos botões, dos links e em outras partes do aparelho e de seus aplicativos.
2. Lupa para pessoas com visão limitada
As pessoas que têm baixa visão ou visão limitada podem usar o recurso de lupa presente em seus dispositivos móveis. Essa tecnologia de acessibilidade digital amplia o conteúdo da tela de um computador, tablet ou smartphone. A função zoom é adaptada para aumentar ou diminuir a imagem e os elementos por meio da variação da distância focal da câmara.
3. Verificador de cores para atender padrões de acessibilidade
Uma combinação inadequada de cores pode prejudicar a experiência de pessoas com algum tipo de dificuldade visual, como o daltonismo, por exemplo. Uma forma de evitar que isso aconteça é garantir que o site atende as diretrizes da WCAG 2.1.
As diretrizes orientam que o site deve ter códigos hexadecimais, que são os códigos de seis dígitos que representam cada cor, nas caixas “Foreground Color” e “Background Color”. Um verificador de cores, vai analisar o contraste do site, gerando uma imagem e informando se ele está dentro dos requisitos da norma.
Caso não esteja, é possível realizar alguns ajustes e ir testando, até que os requisitos sejam atendidos.
4. Facilitador para comunicação em Braile
Alguns recursos permitem que o usuário se comunique em Braile a partir do seu smartphone. Basta fazer as anotações que deseja diretamente na tela do aparelho e o aplicativo converte as informações em Braile e as compartilha.
5. Aplicativo para pessoas cegas conhecerem as cores
Alguns recursos de acessibilidade para cegos ajuda a torná-los mais independentes a partir da tecnologia. A startup See Color criou uma solução de acessibilidade visual que permite com que as pessoas com algum tipo de deficiência visual consigam decifrar ou entender como as cores são.
6. Conversão de textos para áudio
Por meio da conversão de textos para áudio, é possível transformar arquivos em .DOC para .MP3. O conteúdo é falado de forma automatizada por uma voz sintetizada e em português.
Essa solução é capaz de ajudar pessoas que precisam ler documentos acadêmicos, como dissertações e outros tipos de conteúdos educacionais. Dessa forma, é possível promover mais acessos para pessoas com deficiência visual na escola.
7. Softwares de reconhecimento de voz
Os sistemas de reconhecimento de voz são formas simples de auxiliar uma pessoa com deficiência visual a dar comandos e navegar com tranquilidade.
Atualmente, pessoas sem deficiência visual também usam tecnologias de reconhecimento de voz, como é o caso da Siri e da Alexa. Mas, para pessoas com esse tipo de deficiência, esses sistemas são essenciais e os sites precisam estar preparados para recebê-los.
8. Óculos falantes
É isso mesmo. Em 2015, uma empresa israelense criou a tecnologia OrCam MEye – um óculos falante para auxiliar pessoas com deficiência visual, dislexia, TDAH, TEA, Síndrome de Down, idosos com fadiga e analfabetos.
A tecnologia consegue transformar qualquer texto em voz:
- livros
- embalagens
- cédulas de dinheiro
- entre outras
Tudo sem precisar de acesso à internet e de forma instantânea.
9. Widgets de acessibilidade
Ferramentas de acessibilidade digital foram desenvolvidas para facilitar tanto a vida do desenvolvedor quanto a de deficientes visuais que acessam a internet. É o caso da UserWay que oferece acessibilidade digital instantânea, como pode ver a seguir.
UserWay e as soluções de acessibilidade para pessoas com deficiência visual
O Widget de Acessibilidade UserWay utiliza o melhor da Inteligência Artificial para tornar um site acessível em instantes. Ele considera diferentes perfis de acessibilidade, como:
- Mobilidade reduzida
- Cegueira
- Daltonismo
- Dislexia
- Deficiência visual
- Dificuldades cognitivas e de aprendizagem
- Convulsão e epilepsia
- TDAH
A UserWay também te ajuda a tornar seu site mais acessível. Por meio da auditoria de acessibilidade, você descobre o que precisa ser ajustado para atender pessoas com deficiência visual. Os relatórios entregam referências detalhadas do que precisa ser ajustado em termos de estrutura e código. Com essas orientações, você poderá oferecer um ambiente mais acessível e estar em conformidade com a lei.
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Perguntas frequentes
Qual o termo correto para falar deficientes visuais?
Os termos corretos para se referir a pessoas com deficiência visual são: cego; pessoa cega; pessoa com deficiência visual.
Quando é o dia da pessoa com deficiência visual?
O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual é comemorado em 13 de dezembro
Como deficientes visuais usam a internet?
Deficientes visuais usam a internet com o apoio de tecnologias assistivas. Por isso, é importante que os sites e aplicativos sejam construídos pensando na experiência desses usuários, que são mais de 17 milhões só no Brasil.